terça-feira, 13 de novembro de 2007



Amar é respirar,


absorver e sorver sensações, sons, odores.


Amar é observar as pequenas coisas do mundo que nos alegram o coração e que nos deixam um brilho no olhar.


Amar é o florescer duma flor,


o cair delicado da água transformada em chuva,


é a tempestade que desaba e nos enche o corpo de arrepios e nos intoxica os sentidos.


Amar é.............................................................


dar e partilhar sem esperar receber!




Beijinhos brisa «intensa» de palavras!

sábado, 10 de novembro de 2007

Passado



Voltaste para me assombrar
tu
que jazias inerte
enterrado em lágrimas
e angústias
eregeste-te em sombras
e envolveste-me
derrubaste
as barreiras erguidas
transformadas agora
em diáfona poeira
sugaste-me as decisões
que abateram
como um castelo de cartas

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Perdi-me



perdi-me


deixei-me envolver por amarras


que suaves e ternas


me aprisionam


absorvi sensações


embrenhei-me em sentimentos


que neste palco


me empurram


na tua direcção


não consigo deixar de pensar


que somos meras personagens


expectantes do amanhã


instrumentos das nossas próprias decisões


prestes a escrever uma pauta


quem sabe harmoniosa


com muitos rascunhos até


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Querida Eärwen Tulcakelumë



Querida Eärwen Tulcakelumë obrigada pela distinção!

Honestamente não sei se a mereço. Sou apenas alguém que desabafa em palavras o que sente, alguém que de cada vez que as emoções a envolvem e começam a transbordar necessita de extravasar esses sentimentos.

No fundo apenas desabafo. É isso que os meus textos são: um conjunto de palavras pleno de desabafos.

Obrigada também pelas palavras tão amáveis que aqui retribuo.

Quanto aos blogs que considero impares, esses estão todos nomeados ali ao lado. Do lado esquerdo do meu blog! Haverá muitos mais porventura, mas que eu ainda não tive o prazer de conhecer. Um dia quem sabe.......

Um abraço de amizade a todos e um bem haja pela partilha, gargalhadas e amizade que nos dedicam.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Querida Sereia azul, estou atrasada no desafio que me lançaste, mas andei afastada destes meandros.
Mas como dificilmente os recuso e mais vale tarde que nunca, cá vai!
Também como tu, em diversas ocasiões encontro-me a ler mais que um livro de cada vez.
Esta é uma delas

Na página 161 do livro «Almas cinzentas, de Philippe Claudel:

«O quarto de Destinat era parecido com ele. Mudo e frio, criava um certo embaraço, ao mesmo tempo que infundia um respeito forçado. O sono de Destinat transmitira-lhe uma distância incalculável que o tornava um sítio pouco humano, condenado para a eternidade a permanecer impermeável ao riso, à alegria, ao bulício da felicidade. A própria arrumação fazia pensar em corações mortos»

Na página 161 do livro «O livro dos amores risiveis, de Milan Kundera:

«E quando a massagem acabou e ele se pôs de pé para sair da banheira, a massagista de pele húmida pareceu-lhe de uma beleza sã e saborosa, e o seu olhar tão humildemente submisso, que teve vontade de se inclinar na direcção longínqua onde adivinhava a mulher. Pois parecia-lhe que o corpo da massagista estava de pé sobre a grande mão da actriz e que esta mão lha entregava como uma mensagem de amor, como uma oferenda.»
Na página 161 do livro « A mulher foca, de Kathryn Harris:
«Como o acordar de um sonho: durante um momento está à sua frente, intacto, com todas as facetas resplandecentes de significado. Depois inclina-se para a frente, dorido, hirto, e ernormes pedaços começam a cair e perdem-se, não resta nada, nada a que se agarrar, nada que possa conservar»
Quanto a lançar o desafio.
Hum.......
Lanço-o a todos os que me visitam e que como eu adoram ler e envolver-se em palavras que nos embalam e aquecem. Palavras que nos chocam e abrem os olhos. Palavras que nos retemperam de força e ânimo para cruzar este oceano que é a vida. Palavras que nos transformam num cruzeiro que rompe fronteiras, que absorve sensações, magias, ilusões e desilusões!

Aqui


aqui

sentada

na solidão do meu quarto

penso em ti

aqui

onde os objectos me lembram de ti

a almofada perfumada

que abraçavas enquanto dormias

a meia espalhada

ali

sozinha

abandonada

perdida

olha-me triste

tão triste

não sei do par

pede-me ajuda não consigo

Peço ao tempo que pare

não que volte atrás

apenas que pare!

quero sentir o teu cheiro

o calor que o teu espaço ainda emana

quero perpetuar este momento

guardar cada particula

cada odor

cada palavra

quero absorver este momento

para sempre

segunda-feira, 9 de julho de 2007


E então desabou sobre mim

uma tempestade de transparências

que me deixou

cheia de certezas

uma ténue luz

abriu brechas

calmamente

insistentemente

sem usurpar espaços

começou

a quebrar o gelo

transformou

a pureza do branco

numa morna bruma

que me envolveu

fortaleceu-me

e

levou-me em braços

para outras paragens

abriu-me horizontes

que julgava perdidos

portas

que julgava fechadas

e

pintou de cores

a minha caminhada

sábado, 30 de junho de 2007


Aguardo-te lá longe

ali

onde os sonhos se abraçam num rio de esperança

ali

onde o tempo se toca

onde o espaço se sente

Não vieste a mim bem sei

e eu ainda

Espero por ti

ali

lá longe

envolta em sementes de dor

num ninho de angústia deitada

Espero por ti

ali

lá longe

sem nunca ficar cansada

quarta-feira, 27 de junho de 2007


Entro em casa e o silêncio envolve-me
Já não ouço a música das tuas gargalhadas
a poesia das tuas palavras abandonou-me
dissiparam-se em simples recordações
elas
são seiva
e dela me alimento até ao teu regresso
consigo sentir-te em cada canto
a carícia do teu toque
qual relâmpago que me percorre o corpo
é tão forte a sensação
que perdura
nela mato a saudade
nela encontro forças
para esperar-te


terça-feira, 26 de junho de 2007

Desafio 4

Ora muito bem!
Toca a cumprir o desafio lançado pelo meu amigo fénix.

3 livros de referência na minha vida

A mãe de Máximo Gorki

  • O movimento operário na União soviética no século 19. A Força duma mãe que luta e defende o filho
A paixão de Sacco e Vanzetti de Howard Fast

  • Uma história verídica, reflexo da intolerância da sociedade norte americana do século 19 que acusa e condena à morte dois imigrantes italianos. São inocentes mas são considerados culpados de assalto e assassínio e tudo porque são «diferentes e supostamente comunistas»
O Guarda da praia de Maria Teresa Maia Gonzalez

  • A doce história duma mulher que se encontra perdida e que acaba por se encontrar graças a uma criança (o Dunas)
desta autora tenho também de destacar a Lua de Joana

  • «Uma história que nos faz pensar na forma em como muitas vezes relegamos para segundo plano aquilo que é realmente importante na vida. Um livro que nos alerta para a importância de estarmos atentos a nós e aos outro»
3 livros que li recentemente

O clube das sobreviventes de Lisa Gardner

A cor do céu de James Runcie

  • Um livro que nos mostra a diferença entre ver e olhar
O último Verão em Glenmore de Jennifer Donnely

  • Um a escrita envolvente que nos cativa da primeira á última página.

3 livros que estou a ler ou na mesinha de cabeceira

A Ilha de Victoria Hislop

  • Uma jovem que se sente perdida e que sente necessidade de conhecer a história da família. Dirige-se a Creta, terra da mãe, para descobrir tudo àcerca desse passado. Uma viagem que a irá ajudar a resolver o seu futuro
Almas Cinzentas de Philippe Claudel

  • «Uma prosa fluída, matizada com as cores da poesia e a ousadia do terror, um romance que em jeito de thriller toca o universal para revelar o ser humano em toda a sua fragilidade e grandiosidade»
Inventar a solidão de Paul Auster

Existem tantos outros que me marcaram, tantos que quero reler e ler.... tantos
Quanto a lançá-lo a outros.....
Lanço-o a todos os que me visitam
lanço-o a todos de adoram ler

quinta-feira, 21 de junho de 2007


há instantes que baloiçam
suprimem mágoas
desfazem lágrimas quentes e salgadas
adormecem-nas em sorrisos de doce alegria
há instantes que baloiçam
destilam esperança
despertam-nos para o amor
exalam magia
envolvem-nos
em cálida inocência
e fazem-nos acreditar
que podemos voar nas asas da ternura
libertam-nos a alma
aprisonando-a em sensações
há instantes que baloiçam

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tenho ciúmes
da água que te percorre o corpo
da chuva
que cai e te seduz
tenho ciúmes
da borboleta que risca os céus
e capta a tua atenção
tão livre, inocente e pura
tenho ciúmes
da música que te entra pelos ouvidos
e toca a tua alma
tenho ciúmes
do odor que a mimosa
lança e te envolve
da côr que o girassol
liberta
como eles quero ser
clave de sol que te atrai
perfume que te inebria
o nascer do sol que te desperta
o pôr do sol que te afaga
constelação de estrelas que te guia

O mimo «Destaque cupido fonte de amor» foi-me atribuido pela http://omeugirassol.blogspot.com/ .

Como tenho de nomear mais 10 blogs, que sejam fonte de amor cá vai

http://baraka-spirit.blogspot.com/


http://mardepalavras.blogspot.com/


http://no-silencio-das-palavras.blogspot.com/


http://velasardemsempreateaofim.blogspot.com/


http://esbocodepalavras.blogspot.com/


http://japonesembraile.blogspot.com/


http://magodossonhos.blogspot.com/


http://lady-phoenix.blogspot.com/


http://ondulacoesdaalma.blogspot.com/


http://papoilasonhadora.blogspot.com/

Havia muitos outros, tantos outros a merecê-lo. Blogs que me deixam renovada a cada leitura e atordoada por verificar que há tanto talento. Obrigada a todos por isso. Um bem haja!!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Atrevo-me (Esperança o oitavo pecado mortal)


atrevo-me a esperar

um doce e quente amanhã

acabado de estoirar

qual milho perfumado

em douradas pipocas

atrevo-me a esperar

um rio de esperança

onde navegar

empurrada

por suave brisa de amor

atrevo-me a esperar

mãos que me envolvem o corpo

que nem tépidas águas

em frémitos que destilam

poderosas sensações

atrevo-me a esperar

um silêncio de palavras

cálido e ternurento

oco de gritos

e desespero

vazio de dor

atrevo-me a esperar

um amanhã

repleto de sonhos
cheio de cor e sabor

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Quero


quero sorver todo o amor que me dás

abraçar a tua alma

mergulhar no teu coração

partilhar-me

deixar-me de esconder

em angústias

e receios

que tolhem

quero abraçar o desconhecido

navegar no amanhã

quero ser

brisa suave a percorrer-te o corpo

luar cálido e doce

quero ser

terna magia

exalar sonhos
saborear cada instante
espremê-lo como se de laranja se tratasse

quero

percorrer a estrada a dois

de mãos dadas

quero ser o teu porto de abrigo

a tua âncora

de alma lavada

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Amigo cusco


Amigo cusco!

As lágrimas escorrem-me pelo rosto em catadupa, ininterruptas! As lembranças que o seu lindissimo texto me trouxe!

Os kms diários a pé, ao sol, á chuva, sob tempestades. Não havia dinheiro para a camioneta. Uma hora de manhã a passo corrido em direcção à escola, e o mesmo ao fim do dia. Iamos sempre em grupo! Eu, o Daniel, a Albertina, o Joaquim Agostinho.....

Havia dias em que chegava encharcada a casa e a minha mãe só dizia: «O minha filha, vai, seca-te» e continuava na sua rotina diária, sete dias por semana, no tear.

Constipava frequentemente, semanas a fio.

O guarda chuva não chegava cedia sob o peso dos 5 kms diários.

Mas chegava a casa, e lá dizia a minha mãe:«Vai minha filha tens a toalha pronta seca-te, veste roupa quente». E continuava a labutar. Tecia, como ainda tece!

Nos dias de calor intenso e como encurtavamos caminho pelos campos e montes, colhiamos uvas, cerejas e fugiamos quando eramos apanhados.

Molhavamo-nos nos riachos, bebiamos daquela água muitas vezes, matavamos a sede. Havia alturas em que se encontravam lá sacos de tremoços, a curtir em água corrente e lá enchiamos as mãos.

No Outono eram as castanhas e os marmelos. Trepava aos ramos e colhia os frutos com um odor tão forte, uma delicia. Uma polpa doce, muito doce, não como os de agora. Foi aqui que descobri ser alérgica ao pó dos castanheiros. Fiquei linda! Que comichão.

Dinheiro?

Não havia! Nunca soube o que era mesada. Cosia sapatos para ajudar em casa, enchia canelas para o tear. Era eu quem fazia o jantar!

Roupa?Dada e usada! vinha de França. Não havia dinheiro para estes luxos.

Era tudo destinado à escola. Minha filha diziam-me eles, os meus pais, tens oportunidade, aproveita. Estuda!

Os meus tios traziam toneladas de roupa para escolher!

Invariavelmente e como era «grande» para a minha idade, ficava com roupa que não se adequava à minha faixa etária. E era gozada.
Este passado fez de mim o que sou hoje!
Este esforço colectivo de pais e filhos ensinou-me e muito. Lutar por aquilo que se quer.
Nos dias de hoje já não é bem assim.
Os jovens têm a vida facilitada! É Ipods, telemóvel, leitores de cd..... Chiça.
Tive o meu primeiro rádio com 16 anos, comprei-o com o meu dinheiro, fruto do meu suor a coser sapatos. Só conheci um gira discos com 19 anos. Deste então vivi 13 anos, apenas mais 13 anos.
Não tive uma infância ou adolescência fácil. Mas não trocava!

Se sou quem sou e como sou, devo tudo a isto.

E não o trocava por nada!Por nada!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Em tempos


flutuavas

vagueavas

por sombras

alheio ao espaço

e ao tempo

sobrevivias apenas

e é nesse instante

que me encontras

qual barco encalhado

fustigado

por ventos

e tempestades

ignorante

das feridas que nem madeira apodrecida

que me empurravam

para as profundezas

é então

que com a tua suave brisa

me socorres

encaminhando-me

ternamente

em direcção á margem

oxigenas-me as feridas

que começam a sarar

lentamente

muito lentamente

hoje

já não sou

barco encalhado que se afunda

sou um veleiro

de madeira forte

que veleja

ao sabor da tua brisa

e tu?

tu?

já não vagueias

em sombras

mas antes

em raios de luz

segunda-feira, 21 de maio de 2007


perdemos-nos

algures

ao longo da caminhada

todos queles momentos

de intensa mágoa

em que imperava o silêncio

onde se esperava

que a tormenta passasse

como se de tempestade tropical se tratasse

maculou toda a cumplicidade

infectou todo o carinho

feriram de morte o nosso amor

Agora

somos como os gatos

que lambem as feridas

e aguardam a cura

Chegará a tempo?

Não teremos adiado demais o amanhã?

Onde estão os sonhos a dois?

os gestos simples?

a caricia

o afago

a palavra amiga?

Terão ficado num limbo?

Num labirinto?

Qual a porta de entrada?

Onde colocamos a chave?

Qual o caminho?


O que fazer para ultrapassar todas estas sombras


estas reminiscências


que nos apartam?



lá longe


deambulo por sonhos

volátil

emprenho-me em cores

destilo odores

partilho sabores
porém

percorro trajectos pontilhados de silvas

mas lá longe

Ah!

lá longe

avisto protectoras faias

robustas

frondosas

plenas de vida

enceto caminho

na esperança de as alcançar

é longa a caminhada

tropeço

arranho-me

caio

mas levanto-me

sei que lá longe

muito longe

Ah!

lá longe

aquelas copas são rompidas por raios de luz

tenho de lá chegar

quero sentir o seu afago

abraça-los

sentir o seu perfume
o seu calor

Tão longe

Ah!

Tão longe

anoitece rápido

o frio envolve-me

tenho tanto sono
E elas lá longe
tão longe

sou apenas cansaço

puro

e insano

cansaço

sábado, 19 de maio de 2007

Embalo-me em
sombras que
abraçam o silêncio
alimentam-se de dores e
desesperos
Encurralam-me

criam tentáculos
que nos afastam

são folhas caídas e apodrecidas

enegrecem a alma

eregem obstáculos de insegurança
que nos dominam

Quero fugir-lhes
Abandonar-me ao prazer da descoberta

quero ser a água que corre

sentir o calor do sol

quero navegar no vento
embarcar sem amarras

ser palavras soltas

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Quero


Quero afundar-me nos teus braços
tactear emoções
fundir-me onde a terra e o céu se encontram
explodir em sensações
polvilhadas de doces fragâncias
Quero
absorver a tua essência
sonhar livre de preocupações
lançar-me
nas águas turbulentas da paixão
arriscar tudo

arriscar perder
na ânsia de conseguir tudo

quero escapar dos medos

que me afogam

que me aprisionam

quero soltar as amarras

ser banhada pelo sol do teu sorriso

ser aquecida pela tua ternura
Quero navegar no teu corpo
fluir no teu coração

segunda-feira, 14 de maio de 2007


Navego

entre brumas

nelas procuro

sonhos perdidos

aguardo silêncios

encontro gritos

a névoa

adensa-se

e envolve-me

não vejo

tenho frio

encontro-me perdida

despida

nua de sentimentos

vazia

atolo-me

em areias movediças

que me afogam

procuro-te

e

enceto

nova caminhada

mas estou cansada

os grilhões

apertam o cerco

aprisionada, desisto

abandono-me

onde estás?

Porque me deixaste aqui?

sábado, 12 de maio de 2007


Aconteça o que acontecer numa relação seja de amizade, passional ou amorosa todos os momentos de êxtase em que basta sentir, em que não é preciso falar permaneçarão sempre como tesouros.
Todos estes momentos incolumes onde as palavras não imperam,
todos estes momentos de suave empatia e cumplicidade
Acompanhar-nos-ão, fluirão em nós sempre que respirarmos, sempre que sorrirmos.

São eles que nos dão ânimo e são eles que apesar de tudo nos mostram que o amor é sempre possível, e está a espaços sempre á nosso espera!

Basta abrir o coração!

Por dificil que seja e seja por que razão for!

Basta abrir o coração e o amor florirá e envolver-nos-á num halo de magia, doçura e ternura.

E frutificará em doce paixão que nos adocicará em momentos amargos.
Aquecer-nos-á nos dias frios de inverno
Abraçar-nos-á num suave manto que nos manterá alimentados
matará a sede
e adormecerá as dores

quinta-feira, 10 de maio de 2007


Alertada pela Lyra, fui visitar o blog http://fasesdaluacheia.blogspot.com/ que me deixou incrédula, estupefacta. Neste blog há uma denúncia dum crime de exterminio em massa de cães que teve lugar no canil de Beja!

Assim, e como estou horrorizada, chocada com tamanha demonstração de barbárie venho também eu deixar um alerta na esperança de que estes ecos de revolta sejam levados numa torrente de força e abram olhos, ouvidos e corações para que se faça justiça e responsabilize os perpretadores.

Não posso fazer mais nada a não ser deixar uma catadupa de lágrimas horrorizadas com tamanha falta de respeito pela vida!
Esta flor fica como homenagem a todos os cães assassinados!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Não me acordem


Trêmula
Inspiro silêncios
fantasio
afasto-me
das dores
que agrilhoam o mundo!
Aqui
vivo sonhos
perdidos.
fundo-me na paisagem
e deixo-me ir!
embalada,
navego sem medos
nem angústias
Aqui respiro
e retempero forças
para a árdua batalha
que é a VIDA

terça-feira, 8 de maio de 2007

coração em silêncio
que
grita amordaçado
que palpita
por doçura
por palavras
que anseia
pelo desbravar
de terreno
por estradas
lisas
sem solavancos
sem socalcos
que luta
contra barreiras criadas
numa tentativa de protecção
coração fechado
em melancolia
e nostalgia
coração que deseja
coragem
para acordar
e navegar
calmamente
nas ondas do amor
que antecipa
voar
nas asas do desejo
e acordar num leito
suave e perfumado
impregnado
de carícias
galopantes
e inebriantes
coração
tolhido de amor
que espera
espera
e desespera

domingo, 6 de maio de 2007

6 de Maio


antecipas


ouves


sentes


sorris


impregnas o ambiente


com a doçura da tua gargalhada


embalas-me


ainda hoje


mesmo na distância


vences essas


amarras


kilométricas


com a emoção da tua voz


não estás presente


mas sinto-te


sempre


ouço-te mesmo que não fales


Adoro-te mãe


Adoro-te

quinta-feira, 3 de maio de 2007


Que esse dia imaginário acabe por chegar

e se transforme em realidade

apenas com uma pequena alteração:

com a existência de vento

para dizer a quem não sabe

e a quem anda iludido

que o dia sonhado chegou.

Que sopre veloz

e com força

para acordar

os adormecidos.

Que corte amarras

e una sonhos e corações.

Enquanto não chega

cinjamo-nos

à velocidade do pensamento,

à força da expressão

e à vontade indomável da mudança!


Amigo Cusco, como sempre as suas palavras provocam algumas, se bem que parcas das minhas. Decididamente é outro dos blogs que me faz pensar! Obrigada por isso!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Desafio do seria

Bem caro rafeiro, cumpri a minha parte! Infelizmente não tenho nem o teu engenho nem a arte de tornar interessante a leitura!

Se eu fosse uma hora do dia, seria as 16.30 (supostamente deveria sair a essa hora, mas nunca acontece e a minha vida é sempre assim, aquilo que deveria ser não é ;).
Se eu fosse um astro, seria a Lua.
Se eu fosse um móvel, seria uma cama (adoro dormir)
Se eu fosse um pecado, seria a gula....
Se eu fosse uma árvore, seria um plátano (secular e forte, não que eu o seja)
Se fosse uma fruta, seria uma maça, um abacaxi, cerejas, uvas, figos..... Hum era uma salada de frutas...
Se eu fosse uma flor, seria uma violeta ou uma mimosa, não me consigo decidir (suaves, odorificas, selvagens e fragéis)
Se eu fosse um clima, seria o Outono ou alternativa um bem romântico :P (Ai esta lingua portuguesa e as suas interpretações dúbias ;)
Se eu fosse um instrumento musical, seria um violino
Se eu fosse um elemento, seria água, se te referes a grupos tb seria dos Queen ou dos Coldplay ( já deves ter reparado que sou mt indecisa)
Se eu fosse uma cor, seria preto ou em alternativa o azul: FCP :P
Se eu fosse um animal... bem, seria uma mistura de lobo, gato, chita, cão, golfinho, cavalo e pantera (um achado)!
Se eu fosse um som, seria o da água a cair.
Se eu fosse música, seria «enjoy the silence».
Se eu fosse estilo musical, seria rock ou então jazz (quente e envolvente).
Se eu fosse um sentimento, seria solidão...
Se eu fosse um livro, seria «Rebeca» de Daphne du Maurier.
Se eu fosse uma comida, seria um bom cozido à portuguesa
Se eu fosse um lugar, seria o Marão
Se eu fosse um gosto, seria côco. Adoro, salivo só de pensar nele...
Se eu fosse um cheiro, seria cedro, doce e apimentado, suave e inebriador.
Se eu fosse uma palavra, seria amanhã...
Se eu fosse um verbo, seria condicional
Se eu fosse um objecto, seria um livro.
Se eu fosse peça de roupa, seria umas calças.
Se eu fosse parte do corpo, seria os lábios ou os olhos.
Se eu fosse expressão facial, seria dúvida.
Se eu fosse personagem de desenho animado, seria a Abelha Maia (nostalgia de miúda na certa), ou a Ana dos cabelos ruivos ( não n sou ruiva) ou a Bia uma pequena feiticeira (estarei a fazer batota? não tenho culpa, não me consigo decidir).
Se eu fosse filme, seria o paciente inglês
Se eu fosse forma, seria de bolos ;), se te referias a outra forma, seria oval (estilo cabeça do divinal Hercule Poirot)
Se eu fosse número, seria o treze.
Se eu fosse estação, seria a de Amarante, ou no outro sentido seria o: Outono.
Se eu fosse uma frase, seria “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti!”

Bem desafio concluído, resta-me passa-lo á Lyra.

Abrir mão

Em muitas circunstâncias da vida

há que abrir mão

de alegrias

amores

sabores

sons

sensações tacteis

Resta-nos a esperança

de que essa enxurrada de abdicações

nos seja devolvida

como se dum ciclo de água

se tratasse

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Primavera


Percorreu-me hoje em dado momento um odor doce e acre de fruta

Um perfume floral pleno de raios e calor que me inflamou os sentidos

Chilreios e trauteios tónicos e nada afónicos

Remanescências de viagens primaveris trazidas por 26 graus centigrados

Bem vinda!

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Efervescências

Ora bem!
É-me indiferente se o nosso 1º ministro é licenciado ou se é engenheiro. Até podia ser sapateiro.
Não é um diploma, nem um «título» que estabelece o valor seja de quem for.
Não é por isso que ele vai valer mais ou menos, não é isso que vai influenciar a sua capacidade. O que este país precisa (quem diz este diz qualquer outro) é trabalho, vontade efectiva, ideias, poucos tachos (de preferência nenhum) e isenção!
A ser verdade o que tem vindo a público, critico é a burla, o suborno, porque semelhante é inadmissível e não se deveria compactuar com este tipo de atitudes. Deveria extirpar-se semelhante lodo e a classe política deveria dar o exemplo para que voltassemos a acreditar!
Quanto á polémica dos cartazes, lamento profundamente que se permita a vontade de expressão de segregadores, racistas que se intitulam nacionalistas e que no reverso da medalha se retire esse direito a cidadãos com ideias totalmente opostas.
Deixa-me pasmada a velocidade com que se retira um cartaz que se classifica de ilegal, quando a ideia, digo eu, era mostrar que somos um país que não se deixa manipular e manietar por ideias absoletas e desumanas.
Pobres de espirito os que se esqueceram dos milhões de portugueses espalhados por esse país global fora à procura de vidas melhores.
Porque nao permitir que outros tenham a mesma hipótese cá?
Não nos terá a história, e num passado não muito distante, ensinado que deveríamos ser capazes de aceitar a diferença?

domingo, 8 de abril de 2007








Amei-te

Toquei-te

senti-te

alimentei-me

envenenando-me de ti

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Amarantine

Amigo Cusco


Amigo Cusco!


Mais uma vez conseguiu trazer-me boas e tristes lembranças.


Mais uma vez o meu coração ficou apertado com o que li


mais uma vez voltei a ser criança.

Consegui sentir o odor das flores de que fala

também elas me perseguem


e embalam


também elas pontilham o meu caminho de esperança.


Tenho na memória, e no entanto tão palpável, umas mãos calejadas que imprimiam perfeição a cada plantação.

Tenho ainda vivos os sorrisos

as palavras


o carinho


O som doce de um cavaquinho


Tudo isto se funde em mim


Não!

Não tenho nenhum dos nomes que refere, mas nomes são apenas nomes.


Tenho sim o sangue da terra e a doce e rude fraga do Marão a percorrer-me as veias.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Adormeço


Adormeço abraçada a ti todos os dias
Envolves-me com o teu corpo quente
afastas-me assim do frio
protegendo-me como um silo
da indelével negrura
desmaio neste sentimento
que me envolve
nesta inefável doçura
Aqui alimento-me de momentos
de silêncios
onde tudo se diz
onde tudo se sente
Ah!
É tão bom sonhar acordada

quarta-feira, 21 de março de 2007


O amor tal como estas singelas flores
nasce até na escuridão e por entre fragas.
Embeleza ambientes inóspitos
floresce
enche de côr e odores
uma alma embrutecida
Aquece
um coração enregelado
e pontilha
curtos
e longos
caminhos
de beleza
e alegria

terça-feira, 20 de março de 2007

Choro: limpas-me as lágrimas
Rio: acompanhas-me
Amparas-me se desfaleço
Todos os meus medos entendes
Sussurras-me e adormeço
germinas
floresces
fortificas
percorres cada fibra
cada veia do meu corpo
pulsas
e respiras em mim
comigo

quinta-feira, 15 de março de 2007

Tristeza que me abraça
que se esconde no meu peito
Fugidia
saltitante
empurrada pelo vento
E aqui
a espaços vou crescendo
Devagar
devagarinho
Vou-me erguendo
E amanhã quem sabe
Ver-te-ei
Beijar-te-ei
inspirar-te-ei
Alimentar-me-ei da tua presença
do teu sorriso
do teu toque
fundir-me-ei em ti

Arco Iris

Que bela a juventude, que todavia nos foge!
Quem quiser ser feliz, que o seja logo, pois o amanhã é incerto.
Por isso, vive a vida minuto a minuto, tira o melhor partido dela.
Se tiveres problemas, lembra-te: não és o único!
Não te deixes abraçar pela tristeza, porque mais tarde ou mais cedo serás abraçado pelo desespero.
Sustem sempre um sorriso nos lábios. Enfrenta-o!
Se te sentires triste: comunica.
Não te feches.
No fundo tens amigos com quem contar, e o verdadeiro amigo encontra sempre um pretexto para estar presente.
Não entristeças, não desanimes, para não desesperares.
Enfim, vive a vida com um sorriso.
Não deixes que a tristeza te invada. Expulsa-a como erva daninha que é!
E não te esqueças, no mundo nem tudo é rosa, ou azul. Há vários tons. Nem tudo é só preto ou branco.
Nem tudo são alegrias.
Mas se procurares bem, mas mesmo bem, se te deres ao trabalho encontrarás um arco iris á tua espera!

Parênteses

Um Adeus
por muito breve dói
Dói qual espinho penetrante
que dilacera o coração
Dói matando aos poucos
Retirando a espaços
laivos e
suspiros de vida

terça-feira, 13 de março de 2007

Êxtase

Fui tomada por um sentimento avassalador e galopante que me deixa totalmente desgovernada.
Cada vez mais me consciencializo da sua força
de toda a emoção entranhada
nas suas linhas
na cor
na alegria
na maresia
que me destina.
Ah!
Desatino paulatino
que me inebria.

Momentum

Abandono-me perdida em teus braços
encontro-me neles
Estremeço!
Lá fora
A vida desliza veloz
e na imensidão do mar
há sonhos desaparecidos
a concretizar-se no ar
Aqui
A vida é morte
é desejo
de te alcançar

segunda-feira, 12 de março de 2007

Conheço um lugar

Conheço um lugar percorrido em tempos por águas límpidas que corriam soltas e sussuravam á sua passagem.
Conheço um lugar hoje agrilhoado por uma barragem que não impede a sua beleza.
Conheço um lugar de paisagens quentes e frescas. De cheiros e sabores.
Conheço um lugar cheio de cor e energia.
Conheço um lugar rodeado de montes verdejantes, com uma serra altaneira que o abraça e protege e que o néscio e bruto fogo quase consumiu.
Conheço um lugar de doces e ingremes fragas.
Conheço um lugar pleno de história.
Conheço um lugar onde os filhos deram a vida para impedir vil conquista.
Conheço um lugar que a venceu.
Conheço um lugar de gente simples que ama a terra que pisa.
Conheço uma terra de artistas e poetas.
Conheço um lugar esquecido no tempo que vive em mim e em mim implode. Um lugar que me corre no sangue e na alma.

Eu sentei

Sentei e chorei
Quando pensei que te perdia
Quando me apercebi do quanto sofrias
Sentei e chorei
Por esse fado
maldito
que nos afasta
entorpece
entristece e
mata.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Only time

Saudades

Era Criança!
Adorava andar descalça, calcorreava a terra batida dos caminhos fizesse calor ou frio. Era livre, ingénua.
Era Criança!
Fugia de casa despreocupada para ir ter com os avós ao campo, fugia pé ante pé e a mãe nem se apercebia. Ah! Como me sentia importante com uma foucinha nas mãos a segar erva.
Adorava a doçura da voz do avô.
Amava a tonalidade azul dos seus olhos.
Amava inocentemente aquele homem com educação rude, sem saber ler nem escrever, mas puro, meigo, um estudioso e sobrevivente da vida!
A avó se calhar um pouco mais seca, mas que me ensinava a ordenhar a vaca, escolher o feijão, amassar pão.
A avó de gargalhada marota, de olhos cinzentos.
Uma mulher plena de força. Uma força viva!
Era Criança!
Como me sentia livre, de cabelos ao vento. Sentia a natureza, inspirava-a, ficava-me entranhada no corpo e na alma. O sol abraçava-me e envolvia-me nos seus raios. Quente! Tão quente. Explodia em mim. Comigo!
Era Criança!

terça-feira, 6 de março de 2007

Amor é

O Amor
É dor
é fervor
amargor
é pavor
desconhecido
ambicionado
desejado
O Amor
é vida
nascimento
fruto
e encantamento
O Amor
é vida
são cardos
E nele
a espaços
vou crescendo
amadurecendo
Devagar
devagarinho
Vou-me erguendo

domingo, 4 de março de 2007

Desafio das 7 coisas

Bem, Lyra desafio aceite.
Cá vai

7 coisas que faço muito bem
  • Ouvir
  • Apoiar as pessoas nas suas decisões por muito que não concorde com elas, Tento dar espaço, mesmo porque gosto que tenham a mesma atitude para comigo
  • Cozinhar
  • Cair sempre nos mesmos erros
  • Magoar-me (sou capaz de enfiar o pé no mais pequeno buraco e magoar-me, fruto da distracção presumo eu)
  • Estar de braços abertos e com um chá quentinho para receber as pessoas que tomaram uma má decisão e com a qual não concordava
  • Não dizer: Eu bem te avisei

7 coisas que detesto

  • Hipocrisia
  • Mentira
  • Mandões
  • Arrogância
  • Pedantismo
  • Racismo e segregação (que para mim não são mais que pura ignorância)
  • Vaidade

7 coisas que me atraem no sexo oposto

  • Olhar
  • As mãos
  • Os lábios
  • Simpatia
  • Humor
  • Paciência
  • Serem capazes de lutar pelo que querem

7 coisas que costumo dizer

  • Não faças aos outros o que não querem que te façam
  • Pateta
  • Irra
  • Não te preocupes
  • Já sabes, podes ligar-me a qualquer hora
  • Dah
  • Filhinha ( não tenho, mas trato as minhas amigas assim)

Bem, só não vou passar a batata quente. Decididamente não estou a ver a quem!

quinta-feira, 1 de março de 2007

Irra

A nudez exposta terrifica-me, entorpece-me. Não me refiro á nudez fisica. Mas á intrusão do que sou. Quem sois para me codificar? Quem sois para me deitares a divinhar?
Não haverá nada mais útil que possais fazer? Como por exemplo interiorizares o que sois?
Melgas!
Não me extirpem!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

És

És alimento
sofrimento
Amor que nasceu sem consentimento!
És firmamento,
sol transparente que me ilumina
e guia nas agruras do dia a dia.
És dor
magia
alegria
Professor do amor
da entrega sem barreiras
sem obstáculos
nem fronteiras

Odores

Vibro em ti
contigo
inspiro o teu perfume
odor masculino
que me excita
enlouquece
provoca
aquece
e estremece.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Tremuras

Lábios quentes
percorrem o meu corpo
desvendam os meus segredos
meus desejos escondidos.
Mãos deslizantes
fazem-me arrepiar
e desejar mais, muito mais.
O teu olhar sensual
irrompe minha alma
trespassa o meu ser
Tremo de emoção e desejo
e clamo por mais!
Mais, muito mais meu amor!

Luz

Amo-te como amo o sol que a cada dia nasce
como amo a a lua que a cada madrugada se afasta
Amo-te como o rio ama o leito em que corre
Amo-te como ele ama os seixos que abraça
Amo-te como amo as estrelas
que a cada instante pintam a noite
enchendo-a de luz e alegria.
És como elas
e a noite sou eu.

Veneno

A pena corre sobre o papel
qual gaivota em tempo de tempestade
para dizer que te amo.
Desliza como um raio de luz
sobre a terra
para polinizar a vida.
Percorre de mãos dadas
com o meu coração
as linhas deste poema
dizendo:
Amei-te
Toquei-te
Senti-te
Alimentei-me
Envenenando-me de ti

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Não te pedi




Nao te pedi!
Vieste!
Como a bruma da manhã;
o pôr do sol
a lua cheia ao entardecer.

Não de pedi!
Desabrochaste
como uma violeta na primavera
Frutificaste
como o pessegueiro no verão
e inebriaste-me
com o teu cheiro, o teu sabor.

Não te pedi!
Vieste!
Como o calor no verão
para me aqueceres o coração!

Não te pedi, Vieste!!

Sonho


O silêncio da natureza!
Praia, mar
paraíso ondulante,
isolamento.
O sol põe-se no horizonte!
Amantes incautos,
abraçados numa cândida ternura;
Lua qual cúmplice
lança no firmamento a escuridão!
Momento aliciante.
Magia
Explosões de desejo vibrante!
Uma estrela cadente risca por momentos o céu
e mostra com toda a sua inocência
Os amantes entrelaçados
num ninho de amor deitados
com toda a sua alegria
nos seus corpos suados
espelhada!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Pedantismo e segregação


É impressionante a quantidade de pessoas que alardeia sem saber de quê nem para quê!
Deixa-me perplexa o número de pessoas que critica sem saber do que fala, que segrega, que minimiza e humilha o «diferente». E tudo porque ouviu dizer!
Não será isto pedantismo?!

Custará muito ter ideias próprias consubstanciadas num estudo prévio para desta forma minimizar a possibilidade de incongruências e injustiças?

Será assim tão dificil a instrução que acaba por minimizar a importância da informação e formação?
Não me refiro á parte académica da coisa, mas ao interesse de saber mais: ao esclarecimento dado acerca do procedimento de outrém. É assim que se expressam opiniões livres, uma das facetas mais importantes da democracia. Desta forma minimizam-se os clichés habituais desta sociedade que prefere denegrir a imagem dos outros ao perceber e saber.
Pobre sociedade esta que não se dá ao trabalho e esforço de saber que a diferença reside em nós enquando unidades únicas. Infeliz da sociedade que não percebe esta riqueza.
Estará o pretensiosismo tão enraizado em compostos orgânicos que se torna dificil a sua poda?

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Relações e ralações

Há pessoas com as quais sentimos de imediato uma grande atracção. Um determinado click! Encaixamos nas ideias e nas acções.
Com outras sentimos de imediato uma aversão. Um sentimento inexplicável contra alguém que acabamos de conhecer. Mas está lá e resiste.
Com outras........
Bem! Com outras existe apenas indiferença. Sentimos que não trazem nada de novo, não apimentam discussões, não nos enriquecem.
Em todos os casos porém ganhamos algo!
E muitas vezes apercebemo-nos que as primeiras impressões são enganosas. Tudo o que envolve o relacionamento interpessoal é falível.
E é aqui que reside o seu fascínio.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Procuro

Procuro
Na indecisão expectante
dum novo amor
A vibrante presença da ternura
O brilho límpido
dum olhar sonhador
A frescura cálida
duma gargalada pura
A doçura meliflua
duns macios lábios
A explosão sonhada
do toque de mãos
que me percorre a alma!

Ânsia

Imensidão de um amor
atendido
e penosamente assumido de tanto sentido.
Sorriso quente e meigo
que aquece o meu coração,
mãos ansiosas,
qual brisa matinal
sorrateira,
desesperada na ânsia da frescura.
Olhos ternurentos
raiados de amor e desejo.
Coração puro batendo ao sabor do vento!
Boca quente e perfumada de suave provocação.
Sensualidade imensa
Personalidade intensa, doce e ternurenta,
que me deixa sedenta
e refém do presente,
que me faz aspirar a um futuro a teu lado,
uma vida a dois,
a um amor completo e extenso
sem fim nem começo,
só desenvolvimento!

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Porquê despenalizar?

Sou a favor do aborto?
Não!
Devo impôr a minha opinião à dos outros?
Não!
Devo penalizar uma mulher que toma uma decisão tão dificil com esta?
Não!
Devo humilhar uma mulher que acha não ter outra saída e opta por esta decisão?
Não!
Acabará se o «Não» ganhar?
Não!
As mulheres continuarão a fazê-lo infelizmente em situações humilhantes que colocam em risco a sua vida. Que a marcarão fisica e psicologicamente para sempre. As mulheres de parcos recursos não conseguem pagar as centenas de euros necessárias numa clínica em Espanha.
Não ouvimos já demasiadas vezes noticias de bébes abandonados após o nascimento, crianças enfiadas num saco e deixadas á mercê do frio, crianças lançadas num caixote do lixo? Uma já seria demais!
Acabará se o «Não» ganhar?
Não!
Não bastam as noticias que nos falam duma criança espancada pelos pais, queimada com cigarros, queimada com ferros?
Esta criança sofre! Esta, sim sofre!
Basta!
Que cada mulher decida por si! Nenhuma mulher toma esta decisão de ânimo leve e deverá ser apoiada, tratada, acompanhada em todo o sofrimento que ela acarreta.
Despenalizar?
Sim!
Decisão livre?
Sim!
Desumilhar?
Sim!
Sim! por uma gravidez desejada, planeada e amada!
Sim! por crianças felizes

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Devaneios

Uma leitura atenta dum blog levou-me á conclusão de que a solidão nos abraça quando nos perdemos de nós próprios e dos outros.
Na busca incessante da felicidade achamos que deveremos sempre agradar aos outros e esquecemo-nos da nossa essência, daquilo que somos.
Perdemo-nos!
Damos importância á aceitação que esperamos dos outros, tentamos agradar-lhes fugindo do que somos.
Nesta senda acabamos invariavelmente por sofrer.
Cada individuo é uno e deverá sempre assumir-se como é. Aceitar-se, conhecer-se independentemente do que esperam de nós. Muitas vezes a nossa felicidade constroi-se sobre a indisposição dos outros.
Há que enfrentar esta realidade

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Humildade

A humildade enriquece!
Pensamos por vezes que perdemos ao agir e pensar com humildade, assumimos que corremos o risco de humilhação, porém quanto a mim só ganhamos força interior. Enriquecemos, desenvolvemos e aprendemos tanto a viver em sociedade como em nós.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Carnaval

Um hino à festividade que se avizinha!
Carnaval?!
Pois! Carnaval é todos os dias.
Todos os dias passamos por situações carnavalescas.
Todos os dias vemos máscaras.
E somos sempre surpreendidos quando descobrimos que uma pessoa não tem uma, mas duas....... e três.
Depois quando pensamos tê-las descoberto todas.....
Acontece algo que nos faz repensar
Pois....... Lá aparece mais uma e nós que nem a estavamos a ver.
Por isso digo.....
Carnaval?
Carnaval há 365 dias ao ano

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Espasmos verbais

Em todas as circûnstancias da vida relativizamos o que é simples e simplificamos o que deveria ser relativizado.
Exigimos e esperneamos quando não alcançamos o desejado.
Esmiuçamos todas as particulas que nos ensandecem e esquecemos-nos do mais importante.
Simplificando: O que é importante para mim pode não o ser para os outros, porém neste périplo e como relativizo a minha própria realidade e essência acabo por me esquecer desta verdade inquestionável.
Quando a tempestade amaina apercebo-me finalmente que sei muito bem que somos todos diferentes e, no entanto somos todos iguais.
Vá-se lá perceber a condição humana e tudo o que ela acarreta.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Somewhere Only We Know


I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete
Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?
Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know
Oh simple thing where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute why don't we goTalk about it
somewhere only we know
This could be the end of everything
So why don't we go
So why don't we go
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know!
Somewhere only we know (KEANE) -----» Moore than a tune a great poem

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

IF

Se tu viesses hoje á noitinha
Quando o sol se põe e a lua aparece sorrateira qual virgem apaixonada
e as estrelas renascem
após uma morte que cria a aurora

Sim
Se tu viesses quando elas
quais crianças curiosas espreitam o alvor nocturno
e se abandonam no prazer do silêncio
na magia da descoberta.

Sim
Se tu viesses
A lua transformar-se-ia em mulher
amante e amada
e
as estrelas esconder-se-iam placidamente
para nos deixarem sós
AMANTES ENTRELAÇADOS
UNOS
sem fim nem começo
Só e apenas amantes!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

2007

O Natal é sempre que o homem quiser!
A ser isto verdade para mim seria todos os dias, não pelas prendas , não pelas tolerência de ponto ;) mas por tudo o que ela significa.
Num mundo cada vez mais obcecado pelas necessidade individuais esquecemos-nos dos outros.
Esquecemo-nos da necessidade dum sorriso, dum abraço. Dum simples olá!
Assim: faço votos que seja Natal todos os dias, que tenhamos sempre um sorriso para dar e receber, um olhar amigo, um abraço que nos acolha e envolva. Faço votos para que a humanidade deixe de ser egoísta. Faço votos para um mundo melhor, pois acredito que se tudo isto acontecer viveremos num mundo melhor! Um pequeno gesto faz sempre toda a diferença.
Que todos tenham o que mais desejam! E vá lá: vamos fazer dos 365 dias do ano: Natal! Com esforço tudo se consegue.
Um fantástico 2007 para todos

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

És



És desespero manso
alegria contida
mágico desencanto
em cada despedida.

És brisa suave
tempestade e acalmia
que varre a intensa tempestade
do meu dia a dia.

És trilho de luz na obscuridade
salpicado de pirilampos
quais cândidas luzes
brilhantes
que piscam
brincam
e labutam.

És lusco fusco inebriante
névoa que se esfuma
ao romper da aurora.

És começo de vida
cheiro a maresia
que me inebria.

Sou


Sou
Espelho de emoções
Vazio de sensações
Deserto duma vida
Oásis de um interior
Sou
espelho de uma alma
repleta de dor

Pensamento do dia

Na vida nunca se deveria cometer o mesmo erro
Ha muito por onde escolher!