quarta-feira, 27 de junho de 2007


Entro em casa e o silêncio envolve-me
Já não ouço a música das tuas gargalhadas
a poesia das tuas palavras abandonou-me
dissiparam-se em simples recordações
elas
são seiva
e dela me alimento até ao teu regresso
consigo sentir-te em cada canto
a carícia do teu toque
qual relâmpago que me percorre o corpo
é tão forte a sensação
que perdura
nela mato a saudade
nela encontro forças
para esperar-te


4 comentários:

Unknown disse...

As vezes a espera é algo muito dificil...entrar em casa e econtrar o siéncio é algo que doi na alma...
um abraço
brisa de palavras

Zénite disse...

Especial! Belíssimo!

Talvez seja da aperto dos silêncios, do estranho sossego, dos instantes. Dos instantes que correm e permanecem e aguardam o regresso das palavras vestidas de abraços e de brisa. Ou, quem sabe, da urgência daquela ave azul pousada sobre os galhos ressequidos da árvore nevada solta no aclive. Como uma andorinha na Primavera, assim o regresso que almejas.

Abraço

Carmim disse...

O mundo da lembrança é maravilhoso.
Permite-nos reter na mente uma grande parte do que necessitamos para sentir a presença do outro mesmo quando ele não está.
Embora casas vazias, esperas e saudades sejam difíceis de suportar, valem a pena se aguardamos um regresso (quando é certo.)

Beijinhos

por uma lágrima disse...

Silênco...
Recordações...
Saudade de um tempo que o tempo não apaga...
Bjo