quarta-feira, 2 de maio de 2007

Abrir mão

Em muitas circunstâncias da vida

há que abrir mão

de alegrias

amores

sabores

sons

sensações tacteis

Resta-nos a esperança

de que essa enxurrada de abdicações

nos seja devolvida

como se dum ciclo de água

se tratasse

2 comentários:

Carmim disse...

Abrir mão.. aí está um exercício para o qual me tenho treinado, mas que ainda não consigo dominar.
Talvez seja apego exagerado da minha parte, insistência ridícula em algumas ocasiões... Ou simplesmente medo que a enxurrada não me devolva nada do que larguei.

Gostei do texto, de verdade.

Beijos.

Lyra disse...

Tão verdade aquilo que escreves... mas tão difícil de seguir. Abdicar na esperança de recuperar...
Dá que pensar o teu poema :)
Bjos