aqui
sentada
na solidão do meu quarto
penso em ti
aqui
onde os objectos me lembram de ti
a almofada perfumada
que abraçavas enquanto dormias
a meia espalhada
ali
sozinha
abandonada
perdida
olha-me triste
tão triste
não sei do par
pede-me ajuda não consigo
Peço ao tempo que pare
não que volte atrás
apenas que pare!
quero sentir o teu cheiro
o calor que o teu espaço ainda emana
quero perpetuar este momento
guardar cada particula
cada odor
cada palavra
quero absorver este momento
para sempre
3 comentários:
Ah, a solidão, essa estrada deserta, fria e indiferente que se alonga!
Mas... como
“Amar é chamar o outro para fora da sua solidão." (André Ligneul),
e como o tempo a tudo ou a quase tudo dá solução...
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Belo e sentido, o que escreves.
Noite tranquila, Chipichipi.
Veio-me à memória uma canção da Mafalda Veiga:
"(...)
As revistas no chão
Os copos vazios
Vestígios do tempo
As palavras trocadas
O calor e o frio
Cada gesto que abraça
E um filme que eu vi
O que fica marcado
E já nunca se afasta
Os vestígios de ti
E o mundo e a rua
Despidos no vento
À espera de sentir o mar
Numa vaga de espuma
Em sentidos guardados
No fundo do olhar."
adorei a musica; a pagina; qual o compositor??...abraços
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