E quando as sombras te consumirem procura a luz..
Solta te e caminha..
Descalça se necessário despida de ti
Nua de sentimentos até
e enfrenta te
Abraça as sombras até que se desfaçam até que se desintegrem e deixem espaço para o teu sorriso brilhar

E de repente a saudade aperta chega veloz usurpa espaços e preenche-me de dor.
Nestas alturas as lágrimas correm velozes enquanto me secam a alma e afogam o coração.
 Saudades de ti do céu dos teus olhos da voz que me afagava sempre do cavaquinho que me enchia o coração.
Saudades muitas saudades de ti Avô

Caminha ainda que só mas caminha
Estuga o passo..
Abranda se necessário..
Abre os braços abraça o tempo e o espaço..
Atreve-te e explora..
Flui se necessário quando o teu corpo te falhar e insiste..
Insiste sempre.. Com um sorriso no rosto um brilho no olhar..
Mas insiste e se algum dia as lágrimas te caírem
usa-as como tempero aplaca neles a tua sede
e sorri..
Sorri sempre Sempre Sempre

Perdida numa encruzilhada caminhava sem  destino calcorreava os trilhos sem sentido abraçava uma solidão temperada que me abraçava e afagava..  As paredes erigidas reforçavam se..  Protegiam e escureciam...  Gélidas entorpeciam...  Anestesiavam um coração encolhido e ferido que vagueava sem sentido...  E então nesse caminho alguém aparece devagarinho... Pequenina e sem dizer um pio ilumina te o caminho..  Não diz nada..  Não pede nada...  Sem saber salva te do frio