Era uma vez um caminho cheio de cor a dois percorrido
Ladeado por frondosas árvores alimentava-nos o coração e a alma
Nele atravessamos tempestades e muito mas muito calor
Nele afogamos as mágoas, partilhamos sonhos. nele crescemos
Indolente acreditei que caminhando o mesmo caminho teríamos o mesmo destino
Sim o caminho era o mesmo e apesar de percorrido em companhia o silêncio e o vazio tornaram-no frio e sombrio
A verdade atingiu-me nua e crua: Percorrer o mesmo caminho não implica chegar ao mesmo destino,
seja porque a velocidade que se imprime nos passos é diferente, seja porque caminhar sem repouso sempre cansa,
seja porque sem calçado adequado as feridas são inevitáveis,
Seja porque cada caminho tem um fim... uma bifurcação... uma encruzilhada... um abismo
E foi assim que neste caminho te libertei das amarras